segunda-feira, 27 de setembro de 2010

As modalidades paraolímpicas Coletivas

       Antes de iniciar a prática esportiva competitiva, o atleta com deficiência deve passar por uma avaliação de classificação funcional. O principal objetivo da classificação é nivelar os atletas de acordo com suas capacidades, colocando os que possuem deficiências semelhantes em um mesmo grupo.
       De acordo com o
Movimento Parolímpico Internacional, os atletas podem ser classificados em seis grupos:
- amputados
- paralisados cerebrais
- deficientes visuais
- lesionados na medula espinhal
- deficientes mentais
- les autres (inclui todos os atletas com alguma deficiência de mobilidade e que não se enquadram nos demais grupos)



Jogos Paraolímpicos
                       
       Cada esporte, porém, possui o seu próprio sistema de classificação, baseado nas habilidades funcionais que mais afetam o desempenho do atleta no esporte em questão. Sendo assim, além do grupo já descrito, o atleta ainda recebe um número de acordo com a classe a que pertence dentro do grupo. O mais importante de tudo isso é que esse número não é fixo e muito menos dura para sempre. O atleta deve estar constantemente sendo avaliado pelo comitê de classificação funcional nacional ou internacional, dependendo da competição em questão.







Comitê Paraolímpico Internacional
O Comitê Paraolímpico Internacional (IPC) foi fundado em 1989 e tem sede em Bonn, na Alemanha. O órgão, fundado por 162 comitês paraolímpicos nacionais, é responsável pela organização dos Jogos Paraolímpicos de Verão e de Inverno, além de supervisionar inúmeras outras competições.

Atualmente, estão filiados ao IPC, 160 Comitês Nacionais e cinco Federações Internacionais: ISRA – atletas com paralisia cerebral, IBSA – atletas deficientes visuais, INAS-FMH – atletas portadores de deficiência mental, ISMWSF – atletas cadeirantes e ISOD – organização internacional para esportes para deficientes.

      Geralmente, o número da classe é precedido pela letra inicial do esporte, em inglês. A única exceção ocorre no caso de esportes com participação exclusiva de deficientes visuais – a classe sempre é precedida pela letra B (blind – cego, em inglês). Quanto maior for o número da classe de um atleta, menor é o seu comprometimento visual ou físico-motor. 
      Conheça abaixo as principais características dos 20 esportes que figuram atualmente no quadro do Comitê Paraolímpico Internacional.



Ciclismo


      Os atletas paralisados cerebrais, deficientes visuais, amputados e lesionados medulares podem competir individualmente ou por equipe. Os atletas paralisados cerebrais usam triciclos no lugar de bicicletas convencionais. Já o ciclista deficiente visual compete em um bicicleta dupla, chamada de tandem – um guia ajuda a pedalar no banco da frente. Já os cadeirantes usam a handcycling e pedalam com as mãos. As provas disputadas são: velódromo, estrada e contra-relógio.




Jogos Paraolímpicos
Imagem cedida pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro

Futebol de 7

       Só podem participar do futebol de 7 atletas com paralisia cerebral. Ainda assim, eles devem estar dentro da classe 5 a 8 (vale lembrar que, quanto maior o número, menor o comprometimento), ou seja, todos andam. Durante a partida o time deve ter em campo, no máximo dois atletas da classe 8 e, no mínimo, um da classe 5 ou 6 (geralmente é o goleiro). O campo é menor do que o normal: 75 m x 55 m. Cada equipe deve ter 7 jogadores em campo e 5 reservas.




Jogos Paraolímpicos
Imagem cedida pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro

Voleibol sentado
      
        Competem atletas amputados ou ainda com outros tipos de deficiência locomotora, como por exemplo, seqüelas de poliomelite. Os atletas jogam sentados no chão e esse contato é obrigatório. A quadra é menor, assim como a altura da rede (10 m x 6 m x 9 m). O saque pode ser bloqueado. Cada jogo é disputado em melhor de cinco sets e cada set vai até 25 pontos. Os jogadores podem entrar em contato com a perna dos adversários, porém, não é permitido obstruir as condições de jogo do oponente.




Jogos Paraolímpicos
Imagem cedida pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro

Rúgbi em cadeira de rodas

       O jogo é disputado em quadras de basquete e não na grama, para que as cadeiras de roda possam deslizar. Cada equipe é formada por quatro jogadores (que podem ser homens ou mulheres) e oito reservas. Como há forte contato físico entre os jogadores, há um número grande de reservas. O objetivo é levar a bola até o gol. Para isso o atleta pode conduzir a bola sobre as suas coxas ou ainda tocar para um outro componente da equipe. Porém, o time que tem a posse da bola não pode demorar mais do que 15 segundos para entrar no campo do adversário.

                                                      
                       
Goalball

       O goalball é um esporte que foi criado especificamente para deficientes visuais. O jogo é disputado em uma quadra de 9 m x 18 m, com um gol em cada extremidade. O objetivo de cada equipe, que é formada por três jogadores titulares e três reservas, é arremessar a bola ao gol. O arremesso, porém, tem de ser rasteiro. A bola, por sua vez, possui um guizo em seu interior que serve para que os jogadores saibam em que direção ela está indo. No goalball, o silêncio dentro do ginásio é fundamental.




Jogos Paraolímpicos
Imagem cedida pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro


Remo adaptável
      O remo estará sendo disputado pela primeira vez nos programa dos Jogos Olímpicos de Pequim. Todas as categorias serão disputadas. Participam atletas com deficiência nos membros inferiores.


Basquete em cadeira de rodas

     Participam atletas que possuem alguma deficiência físico-motora. As cadeiras são especiais e as adaptações e medidas devem seguir o padrão determinado pela Federação Internacional de Basquete em Cadeira de Rodas. A cada dois toques na cadeira, o jogador deve passar, quicar ou arremessar a bola. A quadra e a altura da cesta são as mesmas do basquete convencional.

Tênis em cadeira de rodas
     
         A quadra é a mesma do tênis convencional, assim como as demais regras. A única diferença é que a bolinha pode quicar até duas vezes antes de ser rebatida, sendo que o primeiro quique deve obrigatoriamente acontecer dentro da quadra. Participam atletas cadeirantes que possuam deficiência relacionada com a locomoção.





Jogos Paraolímpicos
Imagem cedida pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro

                                                    
Futebol de 5

      Só podem participar os atletas deficientes visuais, com exceção do goleiro, que enxerga normalmente. Cada equipe é formada por cinco jogadores. A bola tem guizos que servem para orientar os atletas durante a partida. Os atletas jogam ainda com vendas nos olhos e se tocarem na venda, o árbitro marca uma falta. Há ainda o guia (chamador) que pode ficar atrás do gol e tem a função de orientar os jogadores, dizendo a eles onde devem se posicionar e para onde devem chutar. Os jogos são disputados em ginásios ou quadras de grama sintética.




Jogos Paraolímpicos
Imagem cedida pelo Comitê Paraolímpico Brasileiro

                                    

Links Associados:

http://esporte.hsw.uol.com.br/jogos-paraolimpicos3.htm

O esporte paraolímpico no Brasil


        A história do esporte paraolímpico no Brasil teve início em 1958 com a fundação do Clube do Otimismo, no Rio de Janeiro. A iniciativa partiu dos atletas paraplégicos, Robson de Almeida Sampaio e Sérgio Delgrande.
      Nesse mesmo ano surgia, em São Paulo, o Clube dos Paraplégicos. Já no ano seguinte, 1959, foi realizada a primeira competição de atletas portadores de deficiência no Brasil – um jogo de basquete em cadeira de rodas que reuniu equipes do Rio e de São Paulo.
       O basquete em cadeira de rodas foi o primeiro esporte paraolímpico disputado por aqui. Com o passar do tempo, porém, outras modalidades paraolímpicas começaram a ser praticadas, surgindo a necessidade da criação de uma entidade que passasse a organizar o esporte paraolímpico. Foi assim que, em 1975, foi fundada a Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE). Antes mesmo da criação da ANDE, atletas brasileiros disputaram pela primeira vez os Jogos Paraolímpicos. A estréia aconteceu nos Jogos de Heidelberg, em 1972, porém, sem grandes resultados.

Links Associados:



Esportes Coletivos Olímpicos

                               
 
Hóquei na grama

      No masculino, quatro seleções merecem atenção. A Alemanha, atual bicampeã mundial e campeã européia; a Austrália, atual campeã olímpica e vice-campeã mundial; a Holanda, que foi campeã olímpica em Atlanta-1996 e em Sydney-2000 e vice-campeã em Atenas-2004; e a Espanha, terceira colocada no último Mundial.
       No feminino, Alemanha, Holanda, Austrália e Argentina são as quatro grandes forças. A Alemanha é a atual campeã olímpica. A Holanda é a atual campeã mundial. A Austrália é a atual vice-campeã mundial. E a Argentina, cujas jogadoras são conhecidas como “Las Leonas”, ganhou a prata em Sydney-2000 e o bronze em Atenas-2004, e ficou em terceiro lugar no último Mundial.   

                                    
Softbol

      Parente do beisebol, o softbol tem muitas similaridades com aquele esporte. E assim como o beisebol, o softbol na Olimpíada, onde é praticado somente por mulheres, será disputado pela última vez em Pequim, pois esse esporte foi declarado fora do programa para os Jogos de Londres, em 2012. Disputado desde 1996 nos Jogos Olímpicos, o softbol só conheceu um campeão até agora: a seleção dos EUA, de Jennie Finch e de Lisa Fernandez, tricampeã olímpica e super candidata a mais uma medalha de ouro em Pequim-2008. Campeã também das últimas duas Copas do Mundo, a seleção norte-americana tem como principal rival a seleção do Japão, vice-campeã destas duas últimas competições. A Austrália surge como uma terceira força. A China, jogando em casa, poderá vir a beliscar uma medalha.  

                                                      
Vôlei de praia

      No masculino, a grande dupla favorita é a formada pelos brasileiros Ricardo e Emanuel, atual campeã olímpica e líder do ranking mundial. A segunda dupla brasileira, ainda não definida, também será considerada como forte candidata ao título olímpico em Pequim, seja ela formada por Marcio Araujo e Fabio Luiz ou Harley e Pedro, uma vez que ambas estão entre as quatro melhores do mundo na atualidade. Das duplas estrangeiras, destaque para Rogers e Dalhausser, dos EUA, Nummerdor e Schuil, da Holanda, Barsouk e Kolodinski, da Rússia e Xu e Wu, da China.
      No feminino, com a contusão séria de Juliana, a dupla brasileira formada por Juliana e Larissa passa a ser uma incógnita na Olimpíada. Uma nova parceira para Larissa poderá formar uma dupla não tão favorita ao título em Pequim. Por sua vez, Renata e Talita deverá ser a outra dupla verde e amarela nos Jogos Olímpicos, também com chance de medalha. Porém, a dupla norte-americana formada por Walsh e May-Treanor, não pode ser ignorada. 
     Elas podem ser consideradas como fortíssimas candidatas ao bicampeonato olímpico. Não se pode descartar também Tian Jia e Wang, da China, e Xue e Zhang Chi, também da China, que vêm em evolução contínua e que, jogando em casa, poderão vir a surpreender.
                                   
                                               

Atletismo

     No último Campeonato Mundial de Atletismo, disputado em Osaka, Japão, em 2007, os EUA dominaram a competição ao conquistar 14 medalhas de ouro. Duas nações africanas, Quênia e Etiópia, especialistas em provas de fundo, ganharam juntas 8 medalhas de ouro. A Rússia, por sua vez, abocanhou 4 primados dourados. Outros 18 países conquistaram as 21 medalhas de ouro restantes. A China, país-sede da futura Olimpíada, ganhou apenas um ouro no Mundial de Atletismo. O Brasil, nenhum. Esse é, mais ou menos, o quadro esperado para a Olimpíada de Pequim, daqui a dois meses.

                                                          
Triatlo

     O triatlo entrou no programa olímpico em Sydney-2000. Neste esporte, o atleta tem que nadar 1.500 metros em mar aberto, pedalar 40 km em uma bicicleta e correr 10 km. Ganha a prova, quem completar esses percursos em menor tempo e cruzar primeiro a linha de chegada. Para os Jogos de Pequim, na prova masculina, os favoritos são o espanhol Javier Gomez e o neo-zelandês Bevan Docherty. Eles são o primeiro e o segundo colocados do ranking mundial, respectivamente.
    Na prova feminina, as favoritas são a britânica Helen Tucker, primeira colocada no ranking da Copa do Mundo, a portuguesa Vanessa Fernandes, primeira no ranking de classificação olímpica e campeã mundial em 2007, e a australiana Emma Snowsill, vice-campeã mundial em 2007.  

Esportes Aquáticos:


                                

Nado Sincronizado

     Domínio total nas provas de dueto e de equipes é esperado para a Rússia. Os maiores adversários das russas serão os duetos e as equipes da Espanha e do Japão. Na prova de duetos, o Brasil tentará melhorar a 12ª colocação das duas últimas Olimpíadas.       

                                                           
Pólo Aquático

     No pólo aquático masculino, a Hungria tentará o seu nono título olímpico, sendo o terceiro consecutivo. A Croácia, atual campeã mundial, e a Espanha, tentarão demover os húngaros de tal conquista. No pólo aquático feminino, os EUA são os atuais campeões mundiais. A Austrália, a Rússia e a Itália serão seus maiores adversários ao ouro olímpico.   
      O Brasil, por sua vez, não se classificou para esse esporte em Pequim.   

                                                             
Saltos Ornamentais

        A China é favorita para ganhar todas as 8 medalhas de ouro em disputa nos saltos ornamentais na Olimpíada de Pequim. No trampolim masculino, o favorito é Kai Qin. Seus principais concorrentes não-chineses são o canadense Alexandre Despatie e o russo Dmitriy Sautin. No trampolim sincronizado, a dupla chinesa formada por Kai Qin e Feng Wang parece não ter adversários a altura. Na plataforma masculina, o favorito é o chinês Luxin Zhou, que terá um adversário ferrenho no atual campeão mundial, o russo Gleb Galperin e em outro chinês, Yue Lin. Na plataforma sincronizada, os favoritos são os donos da casa, com a dupla Yue Lin e Liang Huo. Nos saltos ornamentais feminino, a China é favorita no trampolim individual com Jingjing Guo, e na plataforma individual com Xin Wang. Suas principais oponentes serão a italiana Tânia Cagnotto, no trampolim, e a alemã Christin Steuer, na plataforma, além de duas outras chinesas, Minxia Wu e Ruolin Chen. No trampolim sincronizado, as favoritas são as chinesas Jingjing Guo e Minxia Wu, e na plataforma sincronizada, as suas compatriotas, Tong Jia e Ruolin Chen.     


Links Associados: